tontura e vertigem

Essa é uma dúvida muito frequente dos pacientes no dia a dia do nosso consultório e a resposta mais correta é: DEPENDE! Aliás, em algumas circunstâncias, o melhor tratamento para a tontura do paciente pode ser o NÃO medicamentoso, através de manobras de reposicionamento, reabilitação vestibular ou do equilíbrio, mudança no estilo de vida, controle alimentar e manejo de ansiedade e estresse, ou seja, sem que haja necessidade de utilizar nenhum remédio.

Por outro lado, algumas condições médicas que acometem o ouvido interno e surgem de maneira aguda, a exemplo da neurite vestibular ou Síndrome de Menière, podem se beneficiar dos sedativos labirínticos durante a crise de tontura. Essa classe de medicamentos funciona reduzindo a atividade no ouvido interno, que é a fonte de muitos tipos de tontura.

Os sedativos labirínticos mais comumente prescritos incluem os anti-histamínicos (meclizina, cinarizina, prometazina), os antieméticos (dimenidrinato, que também auxilia no controle das náuseas e vômitos) e os benzodiazepínicos (diazepam, clonazepam).

É importante lembrar que os sedativos labirínticos devem ser prescritos por um profissional de saúde qualificado, como um médico ou um otorrinolaringologista. Esses medicamentos podem ter efeitos colaterais como sonolência, tontura e boca seca e podem interagir com outros medicamentos que você está tomando.

Outra medicação muito conhecida e utilizada por vezes indiscriminadamente é a betahistina. Acredita-se que a betahistina funcione melhorando a circulação sanguínea no ouvido interno e aumentando o fluxo de líquido endolinfático, o que ajuda a aliviar a pressão no ouvido interno e reduzir a sensação de tontura. Apesar de ser considerada segura e bem tolerada, com efeitos colaterais leves e raros (como dor de cabeça, náusea e dor de estômago), como qualquer medicamento, pode não ser adequada para todos e deve ser prescrita por um profissional de saúde qualificado.

Medicamentos antidepressivos e ansiolíticos, anticonvulsivantes, betabloqueadores também podem ser utilizados em casos selecionados de migrânea vestibular por exemplo, além dos diuréticos que podem auxiliar na redução de sintomas dos pacientes com a pressão de endolinfa aumentada na Síndrome de Menière.

Pra finalizar, são várias as opções e cada remédio tem a sua melhor recomendação dependendo da causa, do estágio e da condição do labirinto de cada paciente, portanto, busque sempre por auxílio especializado de um otorrino ou se possível, um otoneurologista.