Você já sentiu aquela sensação desconcertante de tontura ou vertigem, mesmo sem estar em movimento? Se a resposta for sim, você não está só. Muitas pessoas experimentam episódios de tontura em algum momento de suas vidas. Mas você sabia que a tontura pode estar intimamente ligada à ansiedade?
Vamos aqui explorar a relação entre a tontura e a ansiedade, entendendo como esses dois sintomas podem estar conectados e como lidar com eles de forma eficaz.
A Tontura e Suas Causas:
A tontura é um sintoma muito comum e que pode ser descrita de diferentes maneiras por quem a experimenta, seja ela uma instabilidade postural ou desequilíbrio, sensação de cabeça vazia, flutuação ou a ilusão de movimento em que tudo parecer estar girando. Ela pode ser causada por várias condições, incluindo problemas genuínos do labirinto (como a vertigem posicional paroxística benigna – VPPB), enxaqueca, desidratação, anemia e alterações na pressão arterial.
No entanto, a tontura também pode ser desencadeada ou agravada por fatores emocionais, como estresse e ansiedade.
A Ansiedade e Seu Papel:
A ansiedade é uma reação natural do corpo ao estresse e pode variar de leves preocupações a intensas crises de pânico. Quando você está ansioso, seu corpo entra em um estado de alerta, liberando hormônios como o cortisol, que preparam você para enfrentar uma situação desafiadora.
Nessa condição, o corpo pode se tornar mais sensível a estímulos internos e externos, incluindo os sinais do equilíbrio do ouvido interno, responsáveis por manter a estabilidade. Esse desequilíbrio percebido pode levar à sensação de tontura ou vertigem.
A Conexão Entre Tontura e Ansiedade:
Chamada frequentemente de “tontura psicogênica” ou “tontura fóbica”, a tontura causada pela ansiedade não é imaginária. É uma resposta física e real do corpo ao estresse emocional, que pode acessar nestes momentos o labirinto e mimetizar os sintomas desagradáveis de uma crise de tontura.
Além disso, pessoas com ansiedade podem durante a crise, hiperventilar, alterando os níveis de oxigênio e dióxido de carbono no sangue, o que também pode desencadear episódios de tontura.
Gerenciando a Tontura Relacionada à Ansiedade:
Se você sofre de tontura associada à ansiedade, é importante lembrar que você não está sozinho e que há maneiras de gerenciar esses sintomas. Aqui estão algumas dicas úteis:
Respire Conscientemente: Em momentos de ansiedade, procure praticar a respiração lenta e profunda para “acalmar” seu sistema nervoso.
Exercícios de Relaxamento: Considere incorporar técnicas de relaxamento, como ioga, meditação ou tai chi, em sua rotina diária.
Evite Cafeína e Álcool: Ambos podem agravar a ansiedade e a tontura. Reduzir seu consumo evitando excessos, se possível, pode auxiliar no controle destes sintomas.
Durma Bem: A privação de sono pode intensificar os sintomas da ansiedade e tontura. Priorize um sono de qualidade e pratique bons hábitos de higiene do sono.
Procure Ajuda Profissional: Se a tontura e a ansiedade estiverem afetando significativamente sua qualidade de vida, consulte um profissional de saúde mental qualificado para orientação e tratamento.
Lembre-se de que a jornada para controlar a ansiedade e a tontura pode levar tempo, e está tudo bem pedir apoio durante esse processo.
Conclusão:
A tontura e a ansiedade estão interligadas de forma complexa, e compreender essa relação é essencial para o tratamento eficaz dos sintomas. Mantenha-se atento aos seus sinais corporais e emocionais, e não hesite em buscar ajuda quando necessário.
Consultar um otorrino especialista (otoneurologista) para avaliação do labirinto e sua eventual ligação com questões da saúde emocional é sempre recomendado para obter um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado. Com paciência, autocuidado e suporte adequado, é possível encontrar alívio para a tontura relacionada à ansiedade e recuperar o equilíbrio em sua vida.